sábado, 21 de março de 2015

Com o coração na boca e o útero na mão.

by Christian Spades

Olá pessoal!


Eu sou Christian Spades, e esse é o Papo Sonso!

Como vocês sabem, estou começando um novo curso superior, e decidi começar também um blog pra dividir com vocês as minhas experiências nessa minha jornada de volta à academia, além de nerdices, bobeiras, amenidades e absolutamente qualquer outra baboseira porque o blog é meu e eu posso fazer isso.




Eu sinto muito sono! Vocês sentem muito sono? Eu sinto! Sempre! E sempre muito, o que às vezes até afeta meu raciocínio, fico meio lento e é preferível que eu faça uma coisa de cada vez pra não sobrecarregar o sistema sabe?


Evidentemente não foi isso que eu fiz. Então , durante uma aula de embriologia celular, eu achei que seria uma boa ideia fichar um texto de filosofia e conversar com um amiga no whatsapp enquanto a professora falava apaixonadamente sobre discos embrionários e sacos vitelinos.



Claro que não tinha como dar certo.


A professora expunha alguns modelos, entre eles de um óvulo se fixando a um útero … um grande, chamativo e vermelho útero que foi passado de mão em mão.


Eu me lembro de ter ouvido a professora chamando uma fila de cada vez pra ver uns outros modelos sobre a mesa e me  de ter olhado em volta e também me lembro de ter visto os colegas ainda sentados nos lugares ao meu redor.


Foi quando ele chegou até mim!

Vibrando, vermelho como as entranhas de um vulcão, e enquanto eu, ali, tentando entender aquele momento, meio absorto com uma mão sob o endométrio e outra segurando marotamente a tuba uterina esquerda quando ouço uma voz distante, doce, convidativa a dizer:

- Christian … vem ver com o resto dos seus colegas …

Quando eu levantei meus olhos, saindo do do semi transe, de útero em mãos, eu vi todos os colegas ao redor da professora a exceção de mim, me olhando como se eu tivesse algum problema mental por estar ali venerando um bloco estilizado de maça de vidraceiro tingido de vermelho sangue.

Foi tudo tão surreal que eu só fui sentir vergonha dois três dias depois, mas o suficiente pra me lembrar que quando tem útero na parada, é melhor ficar alerta, pois você nunca sabe o que pode acontecer, úteros são traiçoeiros, tanto que quando eu voltei, tive uma pequena parada cardíaca ao perceber que o danadinho não estava mais lá, já tinha encontrado outra vítima incauta para enfeitiçar.

#shameonme

:s

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